Research on Biomedical Engineering
http://www.rbejournal.periodikos.com.br/article/doi/10.4322/rbeb.2012.100
Research on Biomedical Engineering
Editorial

Revista Brasileira de Engenharia Biomédica / Brazilian Journal of Biomedical Engineering – Passado, Presente e Futuro –

Soares, Alcimar Barbosa

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Este primeiro número do volume 27 da RBEB marca o início de meu termo como Editor desta importante revista. Sinto-me profundamente honrado por ter sido escolhido pelos meus pares durante a Assembléia Geral Ordinária da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica, ocorrida por ocasião do XXII CBEB. Espero estar à altura das responsabilidades e corresponder à confi ança em mim depositada para levar adiante o trabalho daqueles que me precederam. Agradeço, especialmente, ao prof. Sérgio Santos Mühlen, Editor que me precede e que tem sido um grande amigo, sempre muito gentil e disposto a me auxiliar nesses primeiros passos. Nossa “transição”, ainda em curso, tem sido extremamente tranquila, com conversas que duram, por vezes, horas a fi o. Também preciso agradecer o importante apoio da Diretoria e do Conselho da SBEB. A estreita relação entre o Corpo Editorial da RBEB e os órgãos administrativo e consultivo da SBEB tem sido crucial para o bom andamento dos trabalhos.

Ao longo dos anos, a Revista se consolidou como um dos mais importantes veículos para divulgação das novas descobertas acadêmico-científi cas das comunidades da Engenharia Biomédica brasileira e sul-americana. Este percurso se iniciou em 1982, quando foi lançado o primeiro volume da Revista Brasileira de Engenharia. Aquele volume contava então com quatro Cadernos: Recursos Hídricos, Engenharia Química, Engenharia Biomédica e Engenharia Estrutural – aos quais se somaram outros quatro em pouco menos de três anos. À época, o controle editorial de cada Caderno estava a cargo das Sociedades Científi cas fundadoras. Assim, o Caderno de Engenharia Biomédica pode ser considerado o primeiro veículo ofi cial da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica (SBEB – fundada em 18 de dezembro de 1975) para divulgação científi ca e tecnológica da Engenharia Biomédica. Em 1999, a SBEB decidiu assumir integralmente seu Caderno, transformando-o na “Revista Brasileira de Engenharia Biomédica / Brazilian Journal of Biomedical Engineering”, mas manteve a numeração histórica do Caderno de Engenharia Biomédica. Ao longo dos anos, por diferentes razões, o interesse da comunidade pela Revista oscilou consideravelmente, exigindo do Corpo Editorial diversas ações para contornar aqueles períodos, como, por exemplo, a busca de novas dinâmicas editoriais, contatos mais personalizados com o corpo de revisores e a instituição de novas regras para a elaboração dos originais.

Como resultado, nos últimos anos a submissão de artigos à RBEB tem aumentado, mas, com certeza, temos potencial para crescer ainda mais. Em sintonia com os novos tempos, em que critérios como fator de impacto e visibilidade internacional estão no auge, precisamos nos posicionar cada vez melhor e mais alto no cenário mundial. E uma das formas mais diretas de fazê-lo é alcançar a indexação nas grandes Bases de Dados. Para muitos autores e editores, indexar um periódico signifi ca incluí-lo na base de dados do ISI (Institute for Scientifi c Information) Web of Knowledge e, mais especifi camente, no Journal Citation Reports, que gera o ambicionado “fator de impacto”. Para chegar lá, a RBEB e a SBEB têm se mobilizado dia após dia. Até o ano passado a RBEB estava indexada na base de dados LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, no SECS (Bireme) 15490. Ao fi nal de 2010, graças ao trabalho do prof. Sérgio Santos Mühlen, que contou com importante apoio do prof. Sérgio S. Furuie e outros, a RBEB passou também a ser indexada na base de dados SciVerse SCOPUS, de propriedade da Elsevier, o que muito nos alegrou. Agora, uma de nossas missões mais importantes é levar este trabalho adiante e, para isso, já estamos trabalhando em direção à nossa próxima meta: indexação na SciELO.

Outro aspecto que merece destaque é o relevante conceito que a Revista possui em diversas áreas da CAPES, em especial nas áreas Engenharias IV (que congrega e avalia a Engenharia Biomédica) e Interdisciplinar onde que goza de conceito Qualis B1.

As perspectivas de crescimento são, sem dúvida, excelentes. Mas, nada se faz sem planejamento e trabalho. Neste sentido, logo no início deste ano tracei um plano de metas voltado à definitiva internacionalização da RBEB. Estas metas incluem diversas ações como, por exemplo, revisão das normas para publicação de artigos e revisão da identidade visual da Revista. Parte das mudanças na identidade visual você, caro leitor, já percebe neste número. A RBEB ganhou novo formato, nova diagramação e está, em nossa humilde opinião, mais moderna e mais leve. Outra grande mudança ocorrerá com nosso novo portal. O endereço www.rbeb.org.br irá conduzi-lo a um espaço interativo para acesso instantâneo a artigos, pesquisas dinâmicas e rápidas, links variados para acesso às nossas normas, instruções gerais e, mais importante, para submissão eletrônica (online) de artigos! Nosso novo sistema de submissão se equipara ao das revistas mais modernas mundo afora. Tudo muito simples, intuitivo e fácil de usar. Nesse sistema, além de submeter seus artigos, os autores poderão acompanhar o status de cada um deles, inclusive daqueles em que é co-autor. Da mesma forma, o processo de revisão passa agora a ser totalmente eletrônico, com nossos revisores acessando os manuscritos e enviando seus pareceres de forma rápida e descomplicada.

E mais, para atender nossa crescente demanda e reduzir nosso “time-to-publish”, a RBEB passa agora a ter quatro edições anuais!

Por fim, uma importante novidade que reduzirá ainda mais nosso “time-to-publish”: a RBEB passará a trabalhar com a publicação de artigos “ahead‐of‐print”. Desta forma, logo que um artigo seja aprovado e sua etapa de produção/diagramação esteja completa, ele receberá um identificador digital DOI (Digital Object Identifier) e será publicado em nosso portal.

Tais ações são sempre em direção àquilo que nós consideramos importante para nossa Revista. Contudo, a RBEB não é feita apenas pelo Corpo Editorial. A RBEB é feita por cada um de vocês autores e leitores e, portanto, nossas ações devem sempre ser voltadas aos vossos interesses. Desta forma, gostaria de convidá‐los a enviar sugestões e feedback continuamente. Acredito que, mantendo esta porta continuamente aberta, poderemos crescer sempre e de forma consistente, não apenas em número, mas principalmente em qualidade.

Este primeiro número de 2011 traz cinco artigos em diversos temas de interesse de nossa comunidade. O primeiro deles descreve o desenvolvimento de um aparato para medição de forças de reação no solo para análise de próteses de membros inferiores, projetado por pesquisadores da Universidade Federal do ABC e da University of Surrey no Reino Unido. Os resultados descritos são bastante promissores, sugerindo que o aparato é adequado para medição de forças durante a corrida sobre uma esteira instrumentada, possibilitando seu uso como elemento auxiliar para otimização de próteses de membros inferiores.

O segundo artigo, enviado por pesquisadores da Universidade de São Paulo, trata de um aplicativo de software para extração de dados quantitativos de imagens, associadas à velocidade sanguínea, adquiridas por ultrassonografia Doppler. Os autores destacam que a extração de informações daqueles gráficos é tarefa exaustiva e se complica à medida que o número de exames aumenta. Neste sentido, o sistema permitiria facilitar sobremaneira estudos em protocolos clínicos envolvendo centenas de pacientes.

Um equipamento para avaliação integrada de sinais EMG e dinamometria isocinética foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília e é descrito no terceiro artigo desta edição. O sistema hardware/ software criado permite a coleta simultânea de dados eletromiográficos e biomecânicos, com bons resultados quando comparados com os obtidos por equipamentos tradicionais.

O quarto artigo apresenta os resultados do trabalho de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que investigaram a influência de treinamento excêntrico no torque dos flexores e extensores do joelho. Este artigo mostra como as características biomecânicas e as técnicas de treinamento influenciam na produção de torque muscular de forma muito significativa.

No último artigo desta edição, acompanhamos o trabalho de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro no desenvolvimento de um novo método ultrasônico para detecção de microvibrações causadas pela propagação de ondas de cisalhamento em um meio biológico, que permitiria caracterizar os parâmetros viscoelásticos daquele meio. O artigo descreve a técnica utilizada e os resultados de experimentos que demonstram que o dispositivo consegue estimar vibrações, quanto à frequência e às amplitudes, na mesma ordem de grandeza que os valores encontrados por outros métodos descritos na literatura.

Muita paz e uma excelente leitura a todos.
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