Na classificação do grau de insuficiência renal de pacientes portadores de doenças renais tem sido proposto o uso de parâmetros de lentificação do eletroencefalograma (EEG). A distribuição espacial dos ritmos lentos do EEG destes pacientes é indicada como difusa, podendo advir de processos físicos e não somente fisiológicos. Neste trabalho é investigada a distribuição espacial do EEG de pacientes renais utilizando-se topografia cerebral e a derivação da fonte (DF). Esta última, foi utilizada por permitir compensar parcialmente a contribuição dos efeitos físicos no espalhamento do campo elétrico. Na implementação da DF foi empregado o método de diferenças finitas Com redes não-uniformes. Na captação dos sinais utilizaram-se 16 eletrodos dispostos sobre o escalpo do hemisfério direito, e os topogramas cerebrais foram construídos a partir do parâmetro de potência do ritmo teta (4 - 7,5 Hz). Nos resultados obtidos antes da aplicação da DF pode-se observar que as ondas lentas são difusas, confirmando· o indicado pela literatura. No entanto, após a sua aplicação, tais ondas apresentaram-se circunscritas a determinadas regiões, porém, estas não se mantiveram constantes com tempo ou consistentes entre pacientes. Estes resultados não devem ser considerados contraditórios à hipótese da geração difusa da lentificação.

In deternúning the degree of renal insufficiency in kidney patients, the use of parameters which measure slowing in the electroencephalogram (EEG) has been proposed. The spatial distribution of slow-wave activity is said to be diffuse, which could be the result of the spreading of the electrical field through the volume conductors and not only due to physiological effects. In the present paper, the spatial distribution of the EEG is studied using brain topographic mapping and Source Derivation (SD). The latter is employed as it partially compensates the effect of smearing of the electric field and was implemented through finite differences in nonuniform grids. The signals were recorded in 16 channels with the electrodes placed over the right hemisphere and the topograms display the power in the theta frequency band (4-7.5 Hz). The maps before SD show diffuse slow activity, in agreement with the literature, which becomes spatially confined to certain regions after SD. These regions however do not remain fixed over time, nor are they consistent from patient to patient. Thus the results cannot be taken as contradictory to the suggested diffuse generation of slow EEG activity in kidney patients.