Para avaliar as três técnicas de interpolação mais utilizadas no Mapeamento Topográfico Cerebral (4-vizinhos, Spline Plana e Spline Esférica), foram simuladas distribuições de potencial no escalpo, geradas por dipolos no meio interno do modelo das três camadas esféricas para a cabeça. Utilizando-se amostragens espaciais da distribuição de potencial com 19, 28 e 64 eletrodos, mapas topográficos foram estimados e o desempenho destas técnicas comparado, através de parâmetros globais de inacurácia, precisão e tendência. Os resultados indicam que o desempenho destas técnicas depende, não somente da profundidade do dipolo e do número de eletrodos, como também da posição relativa entre o máximo da distribuição e a rede de eletrodos. A técnica 4-vizinhos apresenta desempenho superior às demais para fontes próximas a um dado eletrodo de captação enquanto que as técnicas Spline mostraram-se mais adequadas para fontes mais distantes. Considerando o desempenho médio para diversas posições de dipolos, observa-se uma superioridade da técnica Spline Esférica sobre a Plana e, por fim, a técnica 4-vizinhos. A melhor ordem encontrada para as técnicas 4 vizinhos e Spline Plana foi 3 e 2, respectivamente, enquanto que para a Spline Esférica, as ordens 2 e 3 apresentam resultados bastante próximos. O estudo mostrou claramente a importância do conhecimento das condições que afetam o desempenho da técnica de interpolação utilizada, a fim de evitar erros na interpretação de mapas topográficos.